4º Festival Oriental da Primavera
Festival Oriental da Primavera de 2010 ficou marcado pela grande festividade e o brilhantismo das apresentações










A primavera começou no dia 23 de Setembro de 2010, e com ela chega à época que ocorre o florescimento de várias espécies de plantas. Portanto é o período em que a natureza fica mais bela, presenteando a todos com flores coloridas e perfumadas. Mas a primavera já não é mais lembrada como o período das flores, mas para alguns amantes da cultura oriental a primavera  é sinônimo de festival, Festival Oriental da Primavera.


O Grande Dia 
Na manhã do dia 26 de Setembro de 2010 começou chuvosa, mas esse mero detalhe não seria motivo de desanimo ou obstáculo para um dos dias mais esperados do ano para um seleto grupo de amantes da cultura oriental, pois hoje era o dia do Festival Oriental da Primavera 2010.
E para aqueles que puderam presenciar esse evento, valeu e muito a pena sair de casa, marcado como um dos melhores festivais dos últimos  anos, o festival de 2010 foi de arrepiar...
Logo cedo na quadra de eventos da Academia Companhia Athletica do Shopping Anália Franco - Zona Leste de São Paulo, já era grande a movimentação onde os protagonistas do festival ajustavam os últimos detalhes antes das apresentações.
Os instrumentistas afinavam seus magníficos aparelhos sonoros, as belíssimas bailarinas davam os retoques finais na maquiagem e já buscavam se manter alongadas, os artistas marciais ficavam ensaiando repetidamente as demonstrações de golpes a serem exibidas ao publico presente, a iluminação e o som procuravam criar um ambiente agradável e atmosférico, e de pouco em pouco convidados foram chegando e buscando os melhores acentos, todos que chegavam imediatamente percebiam que o festival seria um grande espetáculo.

Chegou a Hora  
Casa cheia, ao observar de longe mais parecia uma casa de espetáculos, pessoas sentadas em volta do centro da quadra onde parecia mais um palco repleto de aparelhos com cordas, tambores e armamentos milenares de artes marciais.
Recebemos as boas vindas da direção da Cia Athletica que abriu o festival agradecendo a presença de todos e anunciando as apresentações do dia. Logo a palavra foi passada ao mestre João Batista "Li" que com muita competência e gentileza apresentou e explicou cada uma das apresentações ao longo do evento.
Enquanto mestre Li contava a história do festival oriental da primavera, ao fundo se percebia a entrada das crianças com seus "Kimonos" brancos seguidos dos adultos. Todos sentados diante do publico em "Tatames" colocados nas laterais da quadra, todos ficaram como espectadores das espetaculares instrumentistas vestidas com seus lindíssimos kimonos floridos com grandes laços nas costas de meias brancas e tamancos de madeira.
O festival iniciou  com as mulheres tocando seus grandes "Kotôs" (instrumentos musical oriental de corda semelhante a uma Harpa), todos ficaram hipnotizados apreciando a tranquilidade e a pureza que a musica emitia pelo ambiente. No término da apresentação a ótima musica apresentada gerou uma sequencia de aplausos que persistiu por alguns segundos.
Após a retirada dos kotôs, chegou a vez da dança. No canto da quadra foi entrando enfileiradas as meninas do ballet, carregando seus leques e se posicionaram no centro da quadra e com graciosidade movimentavam seus leques com extrema leveza.
Com movimentos muito bem coreografados a meninas do ballet apresentaram uma performance bem oriental deixando muitos pais na platéia cheios de orgulhos. Logo após se ouviu um estrondo como trovão, direcionando os olhares para a outra extremidade da quadra, onde se via um enorme "Taikô" tambor japonês que estremecia todo o chão, anunciando a chegada da professora Carol, vestida com seu "Hakamá" preto (calça bem larga), caminhou até o centro da quadra, onde começou sua performance de golpes. Segurando dois leques, Carol os movimentava com firmeza, monstrando com muita precisão os golpes poderosos com um objeto tão gracioso e bonito.
Após aplausos foi entrando outros artistas marciais, onde cada um portava armamentos milenares das artes marciais e os apresentava em forma de ataques e defesa com movimentos firmes e precisos. Os "Kamas" (foices), montravam uma impressionante destreza dos cortes, o "Sai" (garfos) reluziam no ar como relâmpagos, os "Nunchakus" (bastão duplo com corda ou corrente), se movimentavam como golpes de chicotes que cortavam o ar, o "Bô" (bastão longo), se movimentavam por vezes com velocidade, outras com firmeza. Todos os alunos e professores demonstraram muita habilidade com os armamentos, recompensa essa que veio através de aplausos ovacionados pela platéia.
Mas não demorou muito para chegar à vez das ferinhas do Karatê.


Destreza, Superação e Beleza  
As crianças entraram na quadra mostrando muita garra e firmeza nas demonstrações de chutes, socos e defesas. Comandados pelo mestre "Li", elas executavam com força seus golpes e demonstravam vontade nos gritos "Kiai".
Logo em seguida o jovem aluno faixa amarela de Karatê da professoras Rosimar, mostrou com muita determinação uma das execuções do Kata no Karatê. Portador de necessidades especiais,  no término de seu Kata, saiu extremamente aplaudido pela sua demonstração de persistência e vontade.
Após a chuva de aplausos e assovios, ouvia-se de fundo o som suave das notas musicais de uma flauta, pois era chegada à hora da apresentação mais folclórica do dia, onde os professores Fernando, Sidney, Victor e Carol começaram a apresentar a história de um dos Katas mais bonitos do Karatê,  "Meikyo" . Kata esse que conta à lenda de uma deusa do sol que ao perder seu espelho, não podia se admirar deixando o mundo em trevas, assim outros deuses enviaram um guerreiro para realizar a Dança da Guerra chamando assim de "Meikyo".
A apresentação dessa história chamou tanta a tenção que todos ficaram fascinados ao compreender o significado de cada movimento demonstrado pelos professores, junto à narração do aluno Rafael que contava com riqueza detalhes da lenda "Meikyo".

A apresentação dos graduados 
Após o término da apresentação do Kata, vieram à frente todos os faixas avançados e através do comando do professor Sidney, começaram a demonstrar as execuções técnicas de chutes e socos. Enfileirados todos se deslocavam pela quadra em uma sincronia quase que perfeita, onde em cada finalização realizavam o "Kiai" (grito) que ecoava por todo o ambiente.
Logo ao fundo da quadra mestre João Batista anunciou a apresentação de defesa pessoal com os alunos de Hapkido da escola Hwarang Ryu comandada pelo professor Renato Santos.
Subindo no "Tatame" de dois em dois, os alunos Andrade, Hiago, Murilo, Ivone, Célio e Charles demonstraram diversas situações de como se livrar de agressões físicas.
Nas finalizações de cada apresentação, os alunos de Hapkido recebiam aplausos e admirações de todos os espectadores presentes.

Homenagem do dia 
 O grande homenageado do IV Festival Oriental de Primavera 2010 foi mestre Paulo Nakaema. No ano onde  se comemora 50 anos de Karatê no Brasil, mestre Nakaema fez parte das primeiras escolas de Karatê no país.
Após um breve histórico de Mestre Nakaema narrado por Mestre João Batista, foi entregue pelas mãos do professor Sidney uma placa de agradecimento e homenagem ao introdutor das primeiras artes marciais no Brasil, Mestre Nakaema disse estar muito agradecido pela homenagem e após um breve discurso, se pós a realizar uma das técnicas de respiração que o acompanham por toda a vida. 
Em sua apresentação era notável ver a maturidade e a pratica constante de seus movimentos, Mestre Nakaema finalizou sua apresentação com a tradicional saudação oriental curvando-se para baixo e recebendo merecidamente todos os aplausos do festival. 

A grande final
O encerramento em grande estilo ficou por conta da apresentação de "Taiko" do grupo Sakura Fubuki. Com muita animação o grupo levantou  ainda mais o astral do festival fazendo com que todos acompanhassem as batidas do tambor com palmas e muita alegria.
Todos ficaram completamente envolvidos com a performance dos integrantes do grupo Sakura, e o som vibrante emitido pelos tambores se tornavam sinônimos de festa.
E foi nesse clima de festa que o IV Festival Oriental da Primavera se encerrou, comandado pelo Mestre João Batista "Li", pediu para que todos se levantassem, e como de costume oriental todos realizaram uma saudação mútua. Após um sequencia interminável de aplausos Mestre João Batista agradeceu a todos pela presença, e marcou um novo encontro com todos no mês de Setembro de 2011, no V Festival Oriental da Primavera.